Transtornos alimentares: o que são, quais os sintomas e o tratamento


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Transtornos alimentares: o que são, quais os sintomas e o tratamento

07 Aug, 2023Fernanda Brito Carvalho

Comum em mulheres, os distúrbios alimentares podem afetar pessoas de qualquer gênero e idade, mas muitos sintomas ainda passam despercebidos

 

Os transtornos alimentares são distúrbios psicológicos que afetam a relação de uma pessoa com a comida e podem resultar em comportamentos prejudiciais à saúde. Esses transtornos podem ter graves consequências físicas, psicológicas e sociais. Os três transtornos alimentares mais comuns são anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno da compulsão alimentar periódica, que abordaremos adiante. 

 

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 70% das pessoas com transtornos alimentares são mulheres, e a maioria dos casos ocorre na adolescência e início da idade adulta. No entanto, é importante destacar que esses distúrbios podem afetar qualquer pessoa, independentemente do gênero ou idade. No Brasil, estima-se que cerca de 4% da população sofra de algum tipo de transtorno alimentar, sendo que muitos casos podem passar despercebidos, sem nunca receberam diagnóstico.

 

Tipos de transtornos alimentares

Existem diferentes tipos de transtornos alimentares, cada um com características e sintomas específicos. Conhecê-los pode ajudar na identificação precoce e no tratamento adequado. Confira os mais frequentes:

  • Anorexia nervosa: é caracterizada por intensa perda de peso, medo excessivo de ganhar peso, distorção da imagem corporal e restrição alimentar. Pessoas com anorexia podem apresentar comportamentos como evitar comer em público e verificar o peso com frequência;

 

  • Bulimia nervosa: marcada por episódios de ingestão excessiva de alimentos (compulsão alimentar), seguidos por comportamentos compensatórios prejudiciais, como vômitos autoinduzidos ou uso de laxantes. Pessoas com bulimia podem apresentar oscilações de peso, comportamentos secretos relacionados à alimentação e sentimentos de culpa e vergonha após os episódios de compulsão;

 

  • Transtorno da compulsão alimentar periódica: neste caso, são comuns os episódios regulares de compulsão alimentar, sem o comportamento compensatório que é característico da bulimia nervosa. As pessoas com este transtorno podem apresentar uma sensação de perda de controle sobre a alimentação, comer mesmo sem estar com fome e sentir-se mal após as compulsões.

 

Os transtornos podem resultar em complicações físicas graves, como desnutrição, problemas cardíacos e distúrbios hormonais, além de afetar a saúde mental do paciente.

 

Diagnóstico e tratamento 

O tratamento dos transtornos alimentares é complexo e geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que leve em consideração a gravidade do quadro e o histórico clínico do paciente. Além disso, é essencial que profissionais de diferentes áreas estejam envolvidos nesse processo.

 

Psicólogos e psiquiatras têm um papel importante na parte emocional e comportamental, ajudando o paciente a ressignificar a sua relação com o corpo e a alimentação. Já o nutricionista ou nutrólogo auxilia na orientação alimentar, auxiliando no controle das compulsões e garantindo uma dieta equilibrada.

 

A família e amigos também desempenham um papel importante no tratamento dos transtornos alimentares. O apoio de pessoas queridas fazem com que o paciente se sinta acolhido e motivado a superar a doença. É importante lembrar que muitas vezes a pessoa que sofre com o transtorno alimentar não reconhece a gravidade do problema, ou mesmo nega a doença. Por isso, a ajuda dos amigos e familiares pode ser decisiva na busca pelo tratamento.

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