O diabetes gestacional se caracteriza pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez, trazendo riscos à saúde da mulher e da criança. Na maioria dos casos, essa doença não provoca sintomas. Por isso, é fundamental que a futura mamãe fique atenta e acompanhe o nível de glicemia ao longo do pré-natal.
Na gestação, é normal que o corpo da mulher produza mais insulina, dadas as diversas alterações hormonais do período. Acontece que outros hormônios liberados pela placenta causam uma "confusão" nesse processo, obrigando o pâncreas a trabalhar dobrado para manter os níveis de insulina em ordem. Mas esse esforço nem sempre é suficiente e faz "sobrar" açúcar na corrente sanguínea, gerando o diabetes.
Os principais sintomas são: sede constante, vontade frequente de urinar e cansaço. Já os fatores de risco incluem gravidez em extremos de idade – antes dos 14 e após os 35 anos –, hipertensão, obesidade, sedentarismo, histórico familiar da doença, diabetes em gestações anteriores, ganho excessivo de peso na gravidez e recém-nascidos macrossômicos (que tem mais de 4kg) em outras gestações.
Riscos associados ao diabetes gestacional
O diabetes gestacional traz uma série de riscos para a mãe e para o bebê, como abortamento, óbito fetal intrauterino, recém-nascidos com o peso maior que o esperado, hipertensão gestacional, dentre outras complicações. A doença também pode interferir no parto, causando parto prematuro, maior risco de cesariana e de ruptura prematura de membranas amnióticas – quando ocorre o vazamento do líquido amniótico antes do trabalho de parto.
Além disso, as consequências podem perdurar: os bebês têm mais chances de desenvolver obesidade e diabetes ao longo da vida e mulheres têm maior risco de permanecerem diabéticas ou desenvolver novamente a doença após a gestação. Portanto, para evitar as possíveis complicações, é importante seguir as orientações médicas e aderir ao tratamento adequado.,
Diagnóstico
O diagnóstico inclui testes que checam as taxas de colesterol, triglicérides e glicemia. O médico também costuma solicitar o exame de curva glicêmica, que consiste em beber em jejum uma solução açucarada e colher amostras de sangue a cada hora. Se o resultado for igual ou superior a 92 mg/dl, o diabetes gestacional está confirmado.
Os exames de ultrassonografia também ajudam a rastrear a doença: sinais como feto maior que o esperado e alterações no volume do líquido amniótico acendem o sinal de alerta para os médicos.
Tratamento
Uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, legumes e alimentos integrais, deve estar presente no cotidiano da gestante. E se não houver contraindicação do obstetra, exercícios físicos moderados podem ser importantes aliados. Em alguns casos, se o nível de glicose continuar subindo, o médico pode orientar o uso de injeções de insulina para equilibrar a produção de hormônios.