Feito ainda na maternidade, o teste do pezinho ajuda a identificar precocemente doenças que não podem ser diagnosticadas no pré-natal
Se você tem filhos, com certeza já ouviu falar no teste do pezinho, exame laboratorial realizado nos primeiros dias de vida do recém-nascido, capaz de detectar precocemente doenças metabólicas, congênitas e infecciosas, que podem comprometer o desenvolvimento físico e intelectual do bebê.
O exame, que é obrigatório no Brasil, é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e realizado entre o 3º e o 5º dia de vida da criança. Ele consiste na coleta de uma pequena amostra de sangue, feita através de um pequeno furo no calcanhar do bebê, e pode identificar diversas doenças.
O tipo do exame pode variar de acordo com as políticas de saúde pública de cada estado ou município. A rede particular de saúde, por exemplo, oferece diferentes versões do teste do pezinho, que são capazes de rastrear um número maior de doenças. No entanto, seja qual for a versão do exame, é fundamental que ela seja feita o quanto antes, pois muitas enfermidades não apresentam sintomas claros no recém-nascido.
A identificação imediata permite iniciar o tratamento precocemente, aumentando significativamente as chances de um desenvolvimento saudável da criança. Conheça as doenças detectadas no teste do pezinho:
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Doença falciforme e outras hemoglobinopatias: doenças que alteram a formação da hemoglobina, prejudicando a locomoção das hemácias e lesando tecidos;
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Deficiência de biotinidase: falta da vitamina biotina no organismo, que pode causar convulsões, fraqueza muscular, queda de cabelo, surgimento de espinhas, acidez do sangue e baixa imunidade;
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Fenilcetonúria: doença genética que afeta a transformação do aminoácido fenilalanina em tirosina, podendo levar a retardo mental;
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Fibrose cística: doença que compromete o funcionamento das glândulas exócrinas e requer tratamento com equipe multidisciplinar;
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Hiperplasia adrenal congênita: conjunto de alterações genéticas que afetam a produção de hormônios nas glândulas adrenais e podem causar genitália ambígua em meninas;
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Hipotireoidismo congênito: doença que prejudica a produção de hormônios tireoidianos, podendo levar à retardação mental.