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O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é uma das principais causas de morte e incapacitação no Brasil e no mundo. Felizmente, existem maneiras eficazes de prevenir esse evento, mas a prevenção envolve o controle de fatores de risco e a adoção de hábitos saudáveis que podem reduzir significativamente as chances de seu surgimento.
Entenda melhor sobre o AVC
O AVC acontece quando o fornecimento de sangue ao cérebro é interrompido, seja por um bloqueio em uma artéria (AVC isquêmico) ou pela ruptura de um vaso sanguíneo (AVC hemorrágico). Sem o fluxo adequado de sangue, as células do cérebro começam a morrer, levando a danos permanentes, que podem variar de perda de movimentos a dificuldades na fala ou memória.
Fatores de risco
Existem diversos fatores que aumentam o risco de uma pessoa sofrer um AVC, e muitos dos quais podem ser controlados ou prevenidos. Alguns desses fatores são:
- Hipertensão arterial (pressão alta): este é o fator de risco mais importante. A pressão alta exerce uma grande pressão sobre as paredes das artérias, aumentando o risco de bloqueios ou rupturas;
- Diabetes: pessoas com diabetes têm um risco maior de desenvolver doenças vasculares, que podem resultar em um AVC;
- Colesterol elevado: níveis elevados de colesterol podem levar à formação de placas nas artérias, restringindo o fluxo sanguíneo para o cérebro;
- Tabagismo: fumar danifica os vasos sanguíneos e acelera a formação de coágulos;
- Sedentarismo e obesidade: a falta de atividade física e o excesso de peso contribuem para vários fatores de risco, incluindo hipertensão, diabetes e colesterol alto;
- Doenças cardíacas: condições como arritmias e insuficiência cardíaca aumentam a probabilidade de formação de coágulos, que podem se deslocar até o cérebro.
Como prevenir
A prevenção do AVC envolve, principalmente, o controle destes fatores de risco. Embora alguns sejam incontroláveis, como a idade ou o histórico familiar, há muito que se pode fazer para minimizar as chances dele ocorrer:
1. Controle da pressão arterial
O ideal é que os níveis de pressão arterial sejam monitorados regularmente e mantidos em torno de 120/80 mmHg. Se necessário, medicamentos podem ser usados para manter esses níveis estáveis.
2. Alimentação saudável
Uma dieta equilibrada e rica em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis pode ajudar a controlar o peso, reduzir o colesterol e regular os níveis de açúcar no sangue. Reduzir o consumo de sódio também é fundamental para evitar a hipertensão.
3. Prática regular de atividades físicas
O exercício regular ajuda a melhorar a saúde cardiovascular, reduzir a pressão arterial e controlar o peso. Atividades como caminhada, natação e ciclismo são ótimas opções e devem ser feitas ao menos 30 minutos por dia.
4. Controle de diabetes
Manter os níveis de açúcar no sangue sob controle é essencial para evitar danos aos vasos sanguíneos. Isso pode ser feito por meio de uma combinação de dieta adequada, exercício físico e, se necessário e prescrito, medicamentos.
5. Redução do colesterol
Manter níveis saudáveis de colesterol é importante para evitar o acúmulo de placas nas artérias. Além de uma dieta saudável, em alguns casos, medicamentos podem ser necessários para manter os níveis sob controle.
6. Cessar o tabagismo
Parar de fumar é uma das decisões mais importantes para a prevenção de um AVC. Os benefícios para a saúde são quase imediatos, e, com o tempo, o risco de AVC em ex-fumantes pode ser quase igual ao de uma pessoa que nunca fumou.
7. Moderação no consumo de álcool
O consumo excessivo de álcool pode aumentar a pressão arterial e contribuir para a formação de coágulos.
8. Tratamento de doenças cardíacas
Para aqueles que têm condições no coração, como arritmias ou insuficiência cardíaca, o tratamento adequado é essencial para evitar a formação de coágulos que podem levar a um AVC.
O que fazer em caso de suspeita de AVC?
Reconhecer os sinais é fundamental para garantir um tratamento rápido e eficaz. Por isso, fique atento aos seguintes sintomas:
- Fraqueza ou paralisia súbita de um lado do corpo;
- Dificuldade para falar ou entender o que os outros dizem;
- Perda de visão em um ou ambos os olhos;
- Tontura ou perda de equilíbrio;
- Dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente.
Se qualquer um desses sintomas aparecer, o tempo é crucial. Quanto mais cedo a pessoa receber atendimento médico, maiores são as chances de evitar sequelas permanentes.
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